quarta-feira, 12 de março de 2008

O Fim ou a Eternidade...

Lucas Secão

As lágrimas caem e como a chuva também deixam suas marcas, mas o tempo há de secá-las. O amor, motivo pelo qual as lágrimas tendem a cair também é temeroso ao tempo, pois nem todo amor consegue ser mais forte do que ele.

Como já havia dito, as lágrimas são como chuva, sinônimo de tristeza para alguns e de felicidade para outros, já o amor se assemelha ao homem, intenso em suas ações, às vezes sem sentido, mas nunca sem motivações, pois todos sempre amam alguém ou alguma coisa.

O amor é como um ser vivo, nasce e cresce só se diferencia na fase da morte, pois alguns são eternos, casos raros mas não impossíveis e outros como é comum acontecer morrem. Uns por falta de cuidado, outros pelo seu tempo de vida e outros ainda sem motivo algum apenas padecem, a dita morte fulminante.

Para esse último exemplo, alguns inconformados e muitos desentendidos sobre a natureza do sentimento tentam lhe atribuir causas e razões, o principal erro, um atentado contra tudo que o mesmo proporcionou durante todo seu tempo de vida.

Assim, para amores que findam sem motivo não há causas ou remédios, culpados ou inocentes, pensar assim é errar de tal modo que o sofrimento torna-se a única saída.

O que diferencia o grande homem dos demais, o que credencia alguém a ser denominado grande é justamente reconhecer o fim, sem muitos questionar sobre a natureza deste fim, pois quando acontece desse jeito, fulminante, tentar prolongar algo que não existe mais não tem muito sentido.

Muitos especialistas dizem que para ataques fulminantes o principal remédio é tentar contra-atacar ainda nos minutos iniciais do mesmo, muitos não sabem disso, muitos deixam de voltar a vida por isso, acho que deveria ter sabido disso um pouco antes.

Mas é difícil reconhecer a hora de acabar, de parar de lutar, somos humanos, gostamos do que fazemos, amamos... reconhecer que algo que proporcionou tanta felicidade tenha que chegar ao fim não é tarefa fácil para ninguém, mas está ai a diferenciação do homem para o grande homem, do homem para o sábio, saber parar.

Nestes casos só resta aprender com o amor, o sentimento mais sábio, mais triste, mais ingênuo, muitas vezes perverso, muitas vezes intenso. Por essa variedade de características que o amor assemelha-se ao homem, desde seu nascimento até o seu fim, se pudesse materializar o amor, ainda iria mais além, arriscaria dizer que o mesmo se faria mulher, assim explicaria toda sua complexidade e a dificuldade de entendimento dos homens, neste caso como seres de sexo masculino.

Isso explicaria muita coisa, a diferença de como homens e mulheres lidam com o amor chega a ser grotesca, de como os dois enxergam e entendem o mesmo sentimento, mas esse caso precisa de uma análise própria que não pode ser respondida agora, voltemos só para o amor e suas características.

Nem um ser é igual ao outro, como nenhum amor é igual ao outro, está ai mais um semelhança entre o amor e o homem, todos tem características próprias, uns fortes, outros fracos, uns alegres outros chatos e alguns poucos inesquecíveis. E nesse ponto, chegamos a grande diferenciação do grande amor para o amor, a capacidade de ser inesquecível.

A eternidade é o que diferencia os grandes dos casuais. E como ser grande? Essa é a pergunta... A resposta: Sabendo a hora certa de parar, pois só assim não seremos capazes de estragar algo que foi bom com brigas, disputas e outras mazelas de casos assim.

Inesquecível é o amor que apesar de todos os enlaces só carrega consigo boas lembranças, boas risadas, bons beijos, bom... Como acontece com o homem, o amor só adquire a eternidade através da representatividade da sua história, dos seus atos, de como será lembrado.

Amor eterno é amor com boas lembranças!!!

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