terça-feira, 18 de março de 2008

Porque tudo são apenas palavras.

Lucas Secão

Não adianta tentar entender o ser humano, cada um é cada e todos são iguais.

O mesmo que recrimina o ciúme é quem invade a casa da parceira pra ter certeza que ele está só. Por seguinte, a parceira possessiva que tem ciúmes da relação do seu parceiro até com seres inanimados é quem tenta dar lição de moral no namorado que hoje está inseguro.

Não vale a pena tentar entender as mulheres, a mesma que reclama de falta de atenção não dá um telefonema pra saber se o cara está vivo, ou então só liga para saber quem é aquela fulaninha que deu um oi no orkut.

Não vale a pena tentar entender os homens, o mesmo que enquanto namorava não largava o seu bába por nada, depois que termina o namoro fica um ano sem jogar bola.

Novamente não dá pra entender as mulheres, a mesma que jurou amor eterno no dia anterior e pede pra te ver amanhã, não faz questão nenhuma da sua presença e ainda pede pra você se anunciar na portaria depois de séculos de relação.

Não vale a pena tentar entender os homens, o cara que sempre foi muito centrado passa a agir como um garoto de 16 anos por causa de uma mulher.

Não vale a pena tentar entender o que foi dito, porque muitas vezes nada tem sentido e palavras são só palavras, que para cada um que as pronuncia possuem significados diferentes e razões distintas para serem ditas.

Não adianta tentar entender a vida, pois ela não foi feita para ser entendida e sim vivida com todos os desencontros e toda falta de nexo que lhe é peculiar.

Não tentemos relacionar o que ouvimos com o que sentimos, por que nós mesmos não fazemos sentido uns para os outros. Não adiantaria querer se explicar através de palavras, porque o mesmo não, que hoje soa doendo, amanhã é sua libertação.

Algumas palavras se perdem no vento, outras muitas se eternizam na mente, é uma relação paradoxal mas é assim que se vive. Tomemos cuidado com o que falamos e fazemos pois nem sempre o talvez seja talvez, o sim realmente seja sim e quase sempre o não nunca quer dizer não.

Ou sim, ou talvez, sei lá!

quarta-feira, 12 de março de 2008

O Fim ou a Eternidade...

Lucas Secão

As lágrimas caem e como a chuva também deixam suas marcas, mas o tempo há de secá-las. O amor, motivo pelo qual as lágrimas tendem a cair também é temeroso ao tempo, pois nem todo amor consegue ser mais forte do que ele.

Como já havia dito, as lágrimas são como chuva, sinônimo de tristeza para alguns e de felicidade para outros, já o amor se assemelha ao homem, intenso em suas ações, às vezes sem sentido, mas nunca sem motivações, pois todos sempre amam alguém ou alguma coisa.

O amor é como um ser vivo, nasce e cresce só se diferencia na fase da morte, pois alguns são eternos, casos raros mas não impossíveis e outros como é comum acontecer morrem. Uns por falta de cuidado, outros pelo seu tempo de vida e outros ainda sem motivo algum apenas padecem, a dita morte fulminante.

Para esse último exemplo, alguns inconformados e muitos desentendidos sobre a natureza do sentimento tentam lhe atribuir causas e razões, o principal erro, um atentado contra tudo que o mesmo proporcionou durante todo seu tempo de vida.

Assim, para amores que findam sem motivo não há causas ou remédios, culpados ou inocentes, pensar assim é errar de tal modo que o sofrimento torna-se a única saída.

O que diferencia o grande homem dos demais, o que credencia alguém a ser denominado grande é justamente reconhecer o fim, sem muitos questionar sobre a natureza deste fim, pois quando acontece desse jeito, fulminante, tentar prolongar algo que não existe mais não tem muito sentido.

Muitos especialistas dizem que para ataques fulminantes o principal remédio é tentar contra-atacar ainda nos minutos iniciais do mesmo, muitos não sabem disso, muitos deixam de voltar a vida por isso, acho que deveria ter sabido disso um pouco antes.

Mas é difícil reconhecer a hora de acabar, de parar de lutar, somos humanos, gostamos do que fazemos, amamos... reconhecer que algo que proporcionou tanta felicidade tenha que chegar ao fim não é tarefa fácil para ninguém, mas está ai a diferenciação do homem para o grande homem, do homem para o sábio, saber parar.

Nestes casos só resta aprender com o amor, o sentimento mais sábio, mais triste, mais ingênuo, muitas vezes perverso, muitas vezes intenso. Por essa variedade de características que o amor assemelha-se ao homem, desde seu nascimento até o seu fim, se pudesse materializar o amor, ainda iria mais além, arriscaria dizer que o mesmo se faria mulher, assim explicaria toda sua complexidade e a dificuldade de entendimento dos homens, neste caso como seres de sexo masculino.

Isso explicaria muita coisa, a diferença de como homens e mulheres lidam com o amor chega a ser grotesca, de como os dois enxergam e entendem o mesmo sentimento, mas esse caso precisa de uma análise própria que não pode ser respondida agora, voltemos só para o amor e suas características.

Nem um ser é igual ao outro, como nenhum amor é igual ao outro, está ai mais um semelhança entre o amor e o homem, todos tem características próprias, uns fortes, outros fracos, uns alegres outros chatos e alguns poucos inesquecíveis. E nesse ponto, chegamos a grande diferenciação do grande amor para o amor, a capacidade de ser inesquecível.

A eternidade é o que diferencia os grandes dos casuais. E como ser grande? Essa é a pergunta... A resposta: Sabendo a hora certa de parar, pois só assim não seremos capazes de estragar algo que foi bom com brigas, disputas e outras mazelas de casos assim.

Inesquecível é o amor que apesar de todos os enlaces só carrega consigo boas lembranças, boas risadas, bons beijos, bom... Como acontece com o homem, o amor só adquire a eternidade através da representatividade da sua história, dos seus atos, de como será lembrado.

Amor eterno é amor com boas lembranças!!!